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ferramentas digitais pode afetar os processos dos alunos e como o design do ambiente de
aprendizagem pode ser adaptado para melhorar os efeitos encontrados. Para compreender esses
tópicos, os alunos foram gravados enquanto se envolviam em sua primeira experiência de
modelagem.
Além disso, foram entrevistados sobre o uso de ferramentas digitais e experiência prévia com
ferramentas. Verificou-se que os alunos se beneficiavam do suporte colaborativo das ferramentas,
enquanto permaneciam inalterados pelas melhorias de velocidade e pela carga cognitiva reduzida.
Além disso, ocasionalmente envolviam-se em uso desnecessário de ferramentas e deixavam de usar
as características colaborativas de uma ferramenta em um novo contexto, onde se beneficiariam
com o uso delas. Os efeitos negativos foram causados pelo fato de os alunos não terem o hábito de
se envolver em atividade metacognitiva e considerarem apenas as ferramentas que o professor
havia demonstrado.
Para corrigir esses problemas, várias estratégias instrucionais foram propostas. Aquelas associadas
à metacognição envolvem atividades em que os alunos desenham sua estratégia e são regularmente
solicitados a apresentá-la e avaliá-la. Para ampliar o número de ferramentas conhecidas pelos
alunos, os professores são recomendados a envolver os alunos em atividades em que se
familiarizam com uma ferramenta. Nessas atividades, os alunos praticam várias competências
associadas ao uso eficiente da ferramenta, e seu envolvimento varia desde deixar o professor operar
a ferramenta ou seguir uma instrução passo a passo até explorar livremente.
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Porque é que é relevante para educadores de adultos e centros de educação
de adultos?
Porque é que este caso de estudo é um sucesso / uma boa prática?
O caso de estudo explora como as ferramentas digitais podem ser usadas na modelagem
matemática e os efeitos positivos que podem ter. No entanto, também identifica alguns desafios
que podem surgir, como os alunos não serem capazes de usar as ferramentas de forma eficaz ou
não as usando para melhorar sua atividade metacognitiva. Para enfrentar esses desafios, o caso de
estudo sugere duas estratégias para treinar a competência metacognitiva dos alunos e desenvolver
o hábito de empregá-la, bem como estratégias para envolver repetidamente os alunos em
atividades onde eles ganham consciência das características das ferramentas e treinam sua
proficiência em usá-las. Finalmente, conclui que a instrução precisa ser projetada para desenvolver
ambas as áreas de competência sem sobrecarregar a capacidade cognitiva dos alunos, e que os
professores precisam estar cientes de como os efeitos gerados pelo uso da ferramenta dependem
de como o problema é projetado.